quarta-feira, 24 de junho de 2015

Família Cristã, os seus desafios no tempo atual e o seguimento no modelo da Sagrada Família de Nazaré

O testemunho de vida de Raimundo Pedro e Suzana Raquel, um casal que busca a partir da Palavra de Deus e dos ensinamentos da Igreja, a santidade do seu lar, educar os filhos na Fé e ser modelo perfeito da Sagrada Família de Nazaré.

Suzana Raquel, Raimundo Pedro e seus filhos
Samara e Samuel.
A Família, Igreja domestica, deve ser um lugar propicio para o crescimento espiritual e o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e temente a Deus. É a partir dela que surgem as diversas vocações, bem como é nela onde se constrói a personalidade do individuo, um lugar de afeito, intimidade e aprendizagem. É de onde tomamos consciência da própria dignidade, de uma educação cristã e do respeito aos outros. Mas, para que se almejem esses ideais, a família deve ser firmada na rocha e buscar em Deus o alimento sólido para o seu sustento.

A família, segundo o Papa Francisco, é composta de rostos de pessoas que amam, dialogam, se sacrificam e defendem a vida, sobretudo a mais frágil e fraca. A família é o motor do mundo e da história, nela está o centro natural da vida humana.

Na Paroquia São Simão, no município de Simões, encontramos uma família que busca, segundo os preceitos cristãos, crescer diariamente na Fé e educar seus filhos naquilo que pede a doutrina Católica. Raimundo Pedro de Carvalho, 37 anos, e Suzana Raquel Lopes Nunes, 31 anos, há 7 anos buscam em Deus o seguimento na Sagrada Família de Nazaré.

Suzana e Raimundo são comerciantes no município de Simões, localizado no centro sul piauiense, participam do Grupo de Oração Jesus Te Ama, da Pastoral Familiar e são ministros extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística. Pais de Samara Faustina, com 6 anos de idade, e Samuel Pedro, com 1 ano e 9 meses, veem nos filhos o motivo principal da perseverança do sacramento e busca constante a Deus.

Ainda jovens Suzana e Raimundo se conheceram e namoraram durante 8 anos. Para o casal, este foi um período de amadurecimento e conhecimento, onde a partir da experiência do namoro puderam discernir a vontade de Deus em suas vidadas, e assim edificar uma família cristã.

Samara Faustina participando do Ministério para as
Crianças do Grupo de Oração Jesus Te Ama. 
“No namoro tivemos a nossa experiência com Deus através do Grupo de Oração, a partir daí começamos a ter uma vida com Deus, para que um dia pudéssemos ter também uma família em Deus, uma família que de fato fosse essa Igreja domestica como a Igreja nos pede, vivendo segundo a vontade de Deus bem como levando os nossos filhos a viverem essa mesma experiência” falou Suzana.

Há 7 anos Suzana e Raimundo se casaram, e consagraram o seu matrimonio a Imaculada Conceição de Maria. A exemplo de tantas outras famílias cristãs, buscam em Deus ser exemplo para seus filhos, mas também para a sociedade, principalmente para os jovens namorados da atualidade.

“Eu pensava que o namoro seria a fase mais difícil do relacionamento, e dizia muitas vezes ‘eu quero me casar logo para ser mais de Deus’, pois eu pensava que o maior desafio era viver a castidade, e quando casei percebi que o mais difícil é a convivência no dia-a-dia, buscar viver o Santo Evangelho diariamente no nosso relacionamento, perdoar diariamente, acreditar na Graça do Sacramento do Matrimonio” exclamou Suzana Raquel, dizendo ainda que o guia da família cristã é Deus, “aqui em casa quem manda não é o homem nem a mulher, quem manda é Deus e nós o obedecemos, pois colocando Deus como o centro nós conseguiremos viver como uma família cristã” exclama.

Ser família e buscar seguir o exemplo segundo a Família de Jesus Cristo, é uma grande missão e dever do cristão. Não é uma tarefa impossível, e a exemplo do testemunho de vida deste casal se pode entender o quanto é possível ter uma família baseada em Jesus, Maria e José. É preciso estar atentos, principalmente, com o modelo de família que as pessoas querem impor, ao liberalismo, a libertinagem, ao desrespeito e, sobretudo, a sexualidade desregrada e a vida de traição.

Samuel Pedro desde pequeno segue os ensinamentos
da sua mãe na devoção a Jesus Misericordioso.
Em seu discurso na plenária do Pontifico Conselho para as Famílias, o Papa Francisco afirma que a família é parte importante da evangelização, pois os cristãos comunicam a todos a Boa Nova através do testemunho da família, e seu segredo é a presença de Jesus no seio da família humana.

“O maior desafio da família, nos dias de hoje, é a educação dos filhos, pois nós, enquanto pais, buscamos educa-los na Fé, segundo os ensinamentos da Igreja, no entanto, vez ou outra nos deparamos com um choque de realidade. As vezes nossa filha nos questiona porque não pode assistir determinados desenhos, brincar com determinados brinquedos, pois suas coleguinhas assistem e brincam, mas observando a mensagem que o desenho e os brinquedos relacionados transmitem, vimos que a sua mensagem as vezes é de cultura de morte, determinados desenhos transmitem um sentimento de rebeldia, onde os personagens não obedecem as normas da escola, o guarda roupas dos personagens são em formato de caixão, e a partir disso nós vamos buscando mostrar para nossos filhos que existem outros desenhos e brinquedos que eles podem brincar. Mais que buscar educa-los, precisamos consagrá-los diariamente a Deus, colocar Deus como o centro de nossa casa, e confiar em Deus que Ele nos ajudará a cuidar de nossos filhos, pois essa tarefa não é fácil, principalmente nos dias atuais onde se é pregado tudo o contrario que nós buscamos ensinar dentro de casa” afirmam o casal Suzana e Raimundo.

Papa Francisco coloca o solidéu no filho de um casal
presente na Praça São Pedro, em Roma.
(Imagem de O Observatório Romano)
Segundo o Papa Francisco no matrimônio, os esposos fazem uma doação completa de si, sem cálculos e nem reservas, compartilhando tudo, dons e renúncias, confiando na Providência divina, e essa é a experiência que os jovens devem aprender de seus pais e avós: experiência de fé em Deus, de confiança recíproca, de profunda liberdade e de santidade.

“Eu sempre fui um jovem de farras, de sexualidade desregrada, de namorar sem compromisso, e Deus fez com que eu conhecesse Suzana, uma jovem de igreja. Assim fui me aproximando e consequentemente caminhando com ela para o Grupo de Oração, e nos conhecíamos cada vez mais. Para mim foi desafiador a experiência da castidade durante o nosso namoro, pois essa experiência eu nunca tinha vivido nos relacionamentos anteriores, e não foi fácil, mas foi possível, e hoje eu posso dizer que somos o que somos graças a nossa busca de Deus e a obediência a Ele durante o período de namoro e noivado” expressa Raimundo Pedro.

Um casal que buscou ter um relacionamento segundo os planos de Deus, e caminharam durante 8 anos num namoro e noivado casto, na oração, escuta de Deus e renuncias diárias, assim alicerçando um relacionamento para no futuro obter, com a Graça de Deus, um casamento abençoado e uma família segundo os moldes da Sagrada Família de Nazaré.

Suzana (grávida do segundo filho) e Raimundo no
Grupo de Oração Jesus Te Ama. 
A castidade no namoro edificou os primeiros meses deste casamento, pois assim que Raimundo e Suzana se casaram, meses depois eles foram abençoados com a gestação do seu primeiro filho, Samara Faustina, e, na gestação, Suzana foi acometida de ameaça de aborto, o que levou o casal, ainda em plena lua mel, a viverem mais uma vez a castidade, o que para Suzana e Raimundo foi algo normal, pois os mesmos haviam vivido um namoro casto. “É presença de Deus em nossa vida e a experiência de castidade, que nos faz próximos e fieis um ao outro” afirmam o casal.

A presença de Deus na vida do ser humano é o que edifica e dignifica o homem e a mulher, colocar Deus no centro de um relacionamento é firmar tal relacionamento de modo que ele seja duradouro e dê bons frutos. A partir deste entendimento a jovem Suzana testemunha e afirma “se não fosse Deus em nossas vidas certamente o nosso relacionamento teria tomado outro rumo. Na época do nosso namoro, muitas das minhas amigas que não tinham uma caminhada de igreja, zombavam de mim, criticavam pela forma com que eu vivia o meu namoro. Hoje muitas dessas amigas, infelizmente, não conseguiram casar, algumas engravidaram fora do casamento e hoje cuidam de seus filhos sem a presença do pai. A partir desses exemplos, me convenço que foi por termos colocado Deus no meio do nosso relacionamento que chegamos onde estamos e que iremos durar até o fim, pois como diz a Sagrada Escritura, nós procuramos firmar a nossa casa na rocha que é Jesus Cristo” finaliza.

A Igreja Católica Apostólica Romana, além dos ensinamentos e diretrizes direcionadas às famílias, busca através de suas pastorais e movimentos, integrar todas as famílias ao seu núcleo, com intuito de solidificar na Fé, a partir de um alicerce firme e incorruptível, bem como acompanhar cada casal e membros da família, de modo que busquem sempre optar pelas coisas de Deus, na vivencia dos sacramentos e, consequentemente, renunciar aquilo que o mundo oferece e que não edifica o casal e seus filhos.

sábado, 2 de maio de 2015

O Santo Sacrifício


Duas velas postas num alinhamento igual, uma de um lado, outra do outro. As luzes da pacata cidade começam a clarear a noite que se inicia. Fieis se assentam pelos bancos e cadeiras postos no patamar daquele templo, que tem o apostolo Simão como patrono. Almas em preparação para o Santo Sacrifício, que logo mais será vivido neste santo altar.

As chamas das velas já foram acesas, e de longe se vê aquele altar onde o Filho do Homem será imolado, a extensão daquela paixão que salvou a humanidade, acontecerá pelas mãos do sacerdote, ungidas para dar Cristo ao povo.

A imagem do casto varão, com seu filho nos braços já está sobre o andor, com algumas rosas e folhagens, que embelezam mais ainda e dignificam a sua memoria. Memoria a qual é celebrado pelos seus dons, de um homem trabalhador, que buscou com o seu suor, sustentar a Virgem e o Salvador.

O sino toca, dois toques seguidos, a ultima chamada para o grande momento, o ápice da fé. Aos poucos os espaços dos bancos são preenchidos por fieis, homens, mulheres, meninos... De longe se vê a anciã, devotamente, com seu rosário entre os dedos, rezando à Virgem Maria. Outros que vão chegando, logo que depressa reverenciam aquele altar, traçam sobre si o sinal da Cruz, e em silencio fazem suas orações.

Crianças e jovens, a postos, próximo ao grande cruzeiro, onde em fila se organizam, para procissão que dará inicio ao grande momento. De longe se vê, aquele homem, com a batina preta, tirando o sobrepeliz o qual vestira durante a procissão, ele acrescenta as suas vestes a alfaia, beija e coloca sobre os seus ombros a estola e por fim a casula. Digno para o Santo Sacrifício faz em silencio uma oração e sai até aquele cruzeiro, de onde iniciará a Santa Missa. No percurso cumprimenta os fieis, abençoa aqueles que respeitosamente vos pede a benção, e carinhosamente acena para aqueles que estão mais longe.

O jovem, acólito, trás ate o sacerdote o turibulo, onde ele coloca o incenso, três colheres sobre  carvão quente, em seguida abençoa, e aquela fumaça sobe aos céus e com ela as nossas preces, os nossos pedidos e orações.

Inicia a procissão, o turibulo a frente, incensa os fieis, incensa todo o ambiente, prepara as almas e os seus corações, para bem participarem deste momento. Em seguida vai a o crucificado, acompanhado dos participantes do rito litúrgico, os ministros guardiões do Sacro Santo Corpo de Cristo, e daquele, que a partir deste momento é, mais que tudo, Persona Christi.

O Sinal da Cruz sela, sobre todos reunidos, o compromisso de viver este mistério com dignidade e amor. Anjos, de todos os lugares, enviados por Deus, rodeiam aquele ambiente, a espera do Sacrifício Perfeito.

Per Mea Culpa, assim afirmam os pecadores necessitados da Misericórdia de Deus. Que em seguida, entoam hino de louvores, ao Pai, ao Filho e ao Espirito Santo.

O sacerdote faz a oração coleta, e nela apresenta todas as intenções para o Santo Sacrifício, aqueles ditas, mas, sobretudo, aqueles ocultas no coração de cada um fiel.

Deus vem falar com seu povo, Ele fala através das Sagradas Escrituras. Uma leitura do Antigo Testamento, seguida da salmodia e, depois, uma leitura do Novo Testamento. Por fim, a procissão, na frente mais uma vez o turibulo, seguido de duas velas, e atrás o Sacerdote, levando as mãos o evangeliário, de onde proferirá a leitura a partir de um dos quatro evangelistas. O povo, em respeito, permanece de pé, traça sobre si três cruzes, uma na testa, outra na boca e a ultima sobre o peito.

Ao termino da proclamação, o sacerdote profere o sermão, fazendo um contraponto desde a primeira leitura até o evangelho, anuncia a boa noticia, denuncia a exemplo do Cristo Sacerdote e, por fim, orienta como um pastor ao dirigir-se para seu rebanho.

Seguindo o Rito Romano, professa-se a fé, e todos reafirma seu compromisso, de seguidores do Cristo. Para logo após, apresentar-lhe as suas preces, os anseios, os pedidos que surgem a partir das necessidades do povo de Deus.

Oferecem os dons, frutos das abundantes Graças do Pai. De longe vejo aquela viúva, que com apenas três pesos de moedas as oferece de coração. Não sabe ela quão importante é aquele gesto, não para os homens, mas para o Senhor.

Sobre o altar, Pão e Vinho, são ofertados na plena certeza de que serão mais que isso após a consagração. O Sacerdote faz a oração, recebe todas as ofertas e, em especial, aquela que está sobre o altar.

De longe aproximam-se anjos, entoam com todo o povo a sublime oração... Santo, Santo, Santo... Ajoelham-se ao redor do altar. O Sacerdote estende as suas duas mãos sobre o pão e vinho... Ressoa, em sequencia de três toques, as sinetas. Todos se ajoelham, pois o Cristo é imolado sobre aquele Santo Altar. O pão agora é Carne, o vinho agora é Sangue. O Mistério da Fé!

Na presença do Sacro Santo Corpo e Sangue de Cristo, o Sacerdote reza, agradecendo por estar na presença do Santo dos Santos e poder O Servi-Lo. Pede que faça de todos aqueles que participam do Santo Sacrifício um só corpo e um só espirito. Apresenta ao Cristo a Santa Igreja, o Santo Padre, o Episcopado, todos os seus ministros. Reza por todo o povo, pelas almas, e por fim suplica, a Cristo Hóstia, que todos posam participar da Vida Eterna, com a Virgem Maria, São José, os Anjos e Santos e todos que neste mundo tão bem O serviu.

Rezam a oração que o Senhor nos ensinou, omitindo-se o Amém final, O Sacerdote Reza pela Paz, e todos respondem, ao final, com Amém, é o preanuncio do ponto Ápice da Fé. Em preparação para o Grande Banquete, fraciona a Hóstia Maior, e submerge um pequeno pedaço dela sobre o cálice com o Sangue. Cristo, Corpo, Sangue, Alma e Divindade está sobre aquele altar, imolado, um Deus poderoso, se doa fazendo pequeno na Hóstia Consagrada, para chegar e permanecer no meio do povo. Cordeiro de Deus, assim todos O Proclamam, Cordeiro de Deus! Em seguida o Corpo e Sangue e elevado e, em tom firme, anunciado pelo Sacerdote: Por Cristo, Com Cristo, Em Cristo...

Os Anjos continuam a Adorar a Cristo Hóstia, pois a Eles não é possível comunga-Lo. Este ato sublime só é permitido aos homens na Terra. Assim é formado filas, por todos os lados. Os fieis se aproximam, e lhes é apresentado O Corpo de Cristo, e firmemente o respondem com Amém. Homens e mulheres participam deste ato celestial, presente na Terra. Os anjos incansavelmente adoram a cada partícula consagrada, principalmente aqueles que se dispersam os olhos dos humanos.

O Sacerdote volta para o Santo Altar, cuidadosamente purifica os vasos sagrados, com o respeito a cada fração do Corpo de Cristo. Seguido do recolhimento no tabernáculo do Sacro Santo Corpo do Senhor, que ficará lá, para ser adorado, e para atender as necessidades de idosos e doentes impossibilitados de participarem do Santo Sacrifício.

Após a oração final, um ato solene, o Sacerdote acolhe uma pequena criança, que vem nos braços dos seus pais, pela primeira vez a Santa Missa. Os pais já planejam o seu batizado, mas antes mesmo de receber o Sacramento da Iniciação Cristã, a pequena criança é elevada pelas mãos do sacerdote, e apresentada à comunidade. Ato memorável, e observado mediante ao exemplo da Virgem Maria e do Casto José que foram apresentar no templo o seu filho, Jesus.

Após esta apresentação, o Sacerdote abençoa a todos, finalizando assim, mais um Santo Sacrifício, o qual se prolongará, na vida de cada participante, até a próxima Santa Missa.

O Sacerdote beija o Altar do Santo Sacrifício, em um gesto de reverencia ao Sagrado, e em seguida sai em procissão até a Sacristia daquela Matriz. De lá, o Sacerdote, ainda paramentado, e acompanhado de todos aqueles que participaram desta Santa Celebração, aos pés do Crucificado, bendizem ao Senhor.


Daqui do meu leito, sofro as dores da enfermidade e as dores corporais, bem como, sofro a minha ausência em não participar e comungar o Corpo do Senhor.

sábado, 5 de outubro de 2013

CREIO QUE JESUS RESSUSCITOU DOS MORTOS PARA NÓS SALVAR, OU CREIO NO KARDECISMO E NA DOUTRINA ESPIRITA!?

Imagem: cancaonova.com
 “Ninguém pode servir a dois senhores. Com efeito, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro.” Mateus 6:24

Antes de entrar diretamente no assunto, vejo pertinente ressaltar que: “O Brasil é um país onde existe liberdade religiosa, cada um tem a liberdade de escolher a sua religião, e exatamente por que nós cremos profundamente naquilo que nós somos quanto Cristãos/Católicos, nós só podemos dizer a você espirita: NÓS RESPEITAMOS O DIREITO QUE VOCÊ TEM DE SER ESPIRITA, MAS RESPEITE TAMBÉM O FATO DE QUE NÓS CREMOS PROFUNDAMENTE QUE VOCÊ ESTÁ ERRADO. E a forma que nós temos de manifestar o nosso amor por você é querer que você saia desse erro, venha pra verdade e se torne Cristão/Católico”.
Ou sou Cristão, ou sou espirita. Nessa pequena síntese que tem por objetivo esclarecer que ser Cristão/Católico é incompatível com ser espirita ou seguidor de qualquer doutrina baseada no espiritismo. Trazemos o entendimento bíblico/doutrinário do assunto, bem como ressaltamos que todos nós temos o livre arbítrio, o direito de ir e vir, esse direito não impede que possamos nos manifestar contra ou a favor de determinados assuntos, bem como nos dá a liberdade de afirmar que assim como óleo e água não se misturam o espiritismo não condiz com o cristianismo.
Para os espiritas a bíblia é um documento histórico que tem aspectos de verdade, é por isso que Alan Kardec escreveu o seu evangelho segundo o espiritismo, ou seja, ele ler a bíblia e de lá escolhe os trechos que “combinam” com a doutrina dos espíritos, já nós CRISTÃOS lemos a bíblia na certeza de que foi o Próprio Deus, através DO ESPIRITO SANTO, que conduziu os homens a escrevê-la.

A morte é o fim da peregrinação terrena do homem, do tempo de graça e misericórdia que Deus lhe oferece para realizar a sua vida terrena segundo o plano divino e para decidir o seu destino último. Quando acabar “a nossa vida sobre a terra, que é só uma” (598), não voltaremos a outras vidas terrenas. “Os homens morrem uma só vez” (Heb 9, 27). Não existe «reencarnação» depois da morte.
(CIC. 1013).
O espiritismo implica muitas vezes práticas divinatórias ou mágicas; por isso, a Igreja adverte os fiéis para que se acautelem dele. (CIC. 2117).

“O Espírito diz expressamente que nos tempos vindouros, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos sedutores e doutrinas diabólicas” (1 Tim 4,1).
Em que pesa a doutrina da Igreja, bem como a sua Tradição e o seu Magistério, mostrarem a radical incompatibilidade entre o Cristianismo e o espiritismo, muitos católicos, fracos na fé e pouco conhecedores da doutrina, teimam em persistir neste sincretismo perigoso. Vão à missa e ao culto espírita, como se isto não fosse proibido pela fé católica. É preciso ficar bem claro que o espiritismo (bem como suas derivações) contradiz a doutrina católica em muitos pontos, sendo, portanto, impossível a um católico ser também espírita.
O livro do Levítico traz a mesma condenação: “Não vos dirijais aos espíritas nem aos adivinhos: não os consulteis para que não sejais contaminados por eles”. (Lv. 19,31). 
prática do espiritismo sempre foi severamente proibida por Deus. Abaixo estão alguns textos da Bíblia com referência ao espiritismo e também à adivinhação, que frequentemente acompanha os que se dizem médiuns:
“Se alguém recorrer aos médiuns e adivinhos, prostituindo-se com eles, eu voltarei minha face contra ele e o eliminarei do meio do povo” (Lv 20,6). 
“O homem ou a mulher que se tornar médium ou adivinho, serão mortos por apedrejamento. São réus de morte” (Lv 20,27).
“Não se ache o meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou à invocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus abomina aqueles que se dão a essas práticas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, teu Deus, expulsa diante de ti essas nações” (Dt 18,10-12).
“Saul morreu assim por causa do mal que tinha feito contra o Senhor e por não ter obedecido à palavra do Senhor e por cima ter consultado o espírito dum defunto para obter uma revelação, em vez de buscar revelação da parte do Senhor. Por isso o Senhor o fez morrer e transferiu a realeza para Davi filho de Jessé” (1Cr 10,13-14).
“Certo dia, quando íamos para a oração, veio ao nosso encontro uma jovem escrava que tinha o espírito de Píton. Com suas adivinhações dava muito lucro aos patrões. Começou a seguir Paulo e a nós, gritando: ‘Estes homens são servos do Deus altíssimo e vos anunciam um caminho da salvação’. Isto repetiu-se por muitos dias. Enfim, aborrecido, Paulo voltou-se para ela e disse ao espírito: ‘Em nome de Jesus Cristo, ordeno-te sair desta moça’. No mesmo instante o espírito saiu” (At 16,16-18).

Essa contaminação espiritual é perigosa para o cristão. Por se tratar de um pecado grave, essa prática o coloca sob a influência e dependência do mundo tenebroso dos demônios.
A primeira consequência para a pessoa que se dá a essas práticas proibidas, é um esfriamento espiritual. Começa a esfriar na fé, deixa a oração, os sacramentos, e torna-se fraco na fé, na esperança e na caridade, até, digamos, morrer espiritualmente.
Se você entra num ambiente espírita, de macumba, candomblé, etc., mesmo que seja apenas por curiosidade, sem maldade, você está pecando e colocando sob o jugo do demônio. Neste assunto, é a “curiosidade” que leva muitos católicos ao pecado.
Sabemos que o demônio pode se fazer presente nesses ambientes, já que a Igreja nos garante que nenhum “espírito” dos mortos andam perambulando pelo mundo e, muito menos “baixando” em lugar algum. Os espíritos que baixam nesses centros, se baixam, são certamente espíritos malignos (anjos caídos/demônios).

"Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o Juízo" (Heb 9,27).
Somos salvos pelo Sangue do Senhor, pela graça justificadora , e não por sucessivas reencarnações purificadoras. Jesus disse a São Dimas , o bom ladrão : "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23,43). Jesus eliminou nitidamente , nessa expressão , a chance de qualquer reencarnação. Dimas não reencarnaria muitas vezes para ser salvo. 
Toda a pregação da Igreja é baseada na esperança da ressurreição.
Muitos continuam a proclamar que o espiritismo e o Cristianismo ensinam a mesma coisa… Na verdade é o Joio no meio do trigo (Mt 13,28), que o inimigo semeou na messe do Senhor. Nada como o espiritismo nega tão radicalmente a doutrina católica. Ouçamos, finalmente, a palavra oficial da nossa Mãe Igreja, que tão bem nos ensina através do Catecismo:

Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas que erroneamente se supõem descobrir o futuro. A consulta aos horóscopos, à astrologia, a quiromancia (leitura das mãos), a interpretação de presságios e da sorte, os fenômenos de visão (bolas de cristais), o recurso a médiuns escondem uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e finalmente sobre os homens, ao mesmo tempo em que um desejo de ganhar para si os poderes ocultos. Estas práticas contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus. (CIC 2116).

E a você, Católico/Cristão, que alguma vez frequentou ambientes espiritas, ou se disse católico e espirita, busque a Misericórdia do Senhor, arrependa-se dos seus pecados e busque viver em constante renuncia das praticas contrarias aos ensinamentos de Jesus Cristo, por fim, sugiro a seguinte oração:

ORAÇÃO DE CONFISSÃO E RENÚNCIA

Senhor Jesus Cristo, creio que tu morreste na cruz por meus pecados e ressuscitastes da morte. 
Tu me redimiste por Teu Sangue e pertenço a Ti.
Confesso-Te todos os meus pecados, os conhecidos e os desconhecidos... Lamento-me por eles.
Arrependo-me deles. Renuncio a todos eles. 
Eu perdôo a todas as pessoas que me ofenderam... como quero que Tu me perdoes. 
Perdoa-me agora e lava-me com Teu sangue, Jesus, que me purifica de todo pecado.
E chego a Ti, neste momento, como meu Libertador.
Tu sabes das minhas necessidades especiais.
Aquilo que me perverte..., aquele espírito maldito... que me atormenta.
Clamo a promessa da Tua palavra: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo". 
Clamo a Ti, agora, em Teu Nome, liberta-me, ó Senhor!
Eu renuncio a satanás, e a toda a sua obra, inclusive a toda e qualquer envolvimento com o ocultismo, a tudo que direta ou
disfarçadamente tenha ligação com o maligno.
Renuncio agora, também, a qualquer ligação que eu ou membros de minha família, amigos e conhecidos, tenhamos tido com
as obras ligadas ao maligno.
Eu renuncio a satanás, em Nome de Jesus Cristo †, e ordeno que toda força maligna nos deixe agora,em Nome de 
Jesus Cristo †, o Filho do Deus Vivo †, meu Salvador. Amém!
Creio em Deus, Pai Todo-Poderoso... 


Auxílios Bibliográficos:
JÚNIOR, Pe. Paulo Ricardo de Azevedo;
AQUINO, Felipe Rinaldo Queiroz de;
CATÓLICA, Catecismo da Igreja. Edição Típica Vaticana. Loyola, 2000;
SELECIONADAS, Orações. Por Cura, Libertação e Intercessão. Loyola, 20ª edição.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Enquanto alguns se preocupam com o PIB, o povo se preocupa com suas origens e quer ser respeitado!



O dinheiro é uma felicidade humana abstrata; por isso aquele que já não é capaz de apreciar a verdadeira felicidade humana, dedica-se completamente a ele.
(Arthur Schopenhauer)

Foto: g1.com
É comum e frequente as noticias de que o Piauí nos próximos anos dará um grande passo no seu Produto Interno Bruto - PIB, crescendo assim o numero de emprego, oportunizando as cidades um crescimento como nunca se viu.
No entanto, muitos não conhecem a real realidade presente nesse ‘grande empreendimento’, que vem para sacar todo o nosso potencial e enviar, a matéria prima, quem sabe para um desses países influentes, para só depois poder nos vender, de forma superfaturada, os bens produzidos com esse minério. Fazer o que, se não temos políticos a altura para investir na industrialização local desse bem, e assim lucrar bem mais em cima de sua venda!?
Atualmente foi divulgado ‘valores’, do que se iria investir nessa potencia mineral LOCALIZADA PRIMORDIALMENTE NOS MUNICIPIOS DE CURRAL NOVO E SIMÕES. Uma numeração não muito conhecida por muitos que por ali habitam, e que, talvez, não será destinado aos seus bolsos, um montante aproximadamente a três bilhões e quatrocentos milhões de reais (isso somente até 2016).
Em meio a milhões de toneladas de minério de ferro, e sua qualidade “premium” no ramo da mineração, existe um povo, centenas de famílias, culturas, origens, histórias, uma vegetação, fauna e flora, e porque não resumir em UM VERDADEIRO ACERVO DE PATRIMÔNIO MATERIAL E IMATERIAL, histórico, artístico, escravocrata, arqueológico e religioso. Um povo e uma cultura... Um povo com tantas histórias... Um povo que, na sua maioria, nasceu, se criou e criou seus filhos e netos por ali, e que agora corem sérios riscos de simplesmente terem que abandonar tudo, passar uma borracha em todo o seu passado, em todas as suas conquistas, e procurarem recomeçar em outro contexto, em outro local, talvez bem logo dali.
Mas porque esse assunto não é pauta nesses meios de comunicação!? Porque que a reciproca se repete, quando dizem: “o galho sempre quebra do lado mais fraco”, MAS QUEM NA VERDADE É O LADO MAIS FRACO!?
Ouso perguntar quantos desses que sentam numa banca a caráter de reunião, conhecem, pelo menos, a metade da realidade do povo na comunidade Palestina, Baixio dos Belos, e tantos outros? Dos vestígios histórico, artístico, cultural, arqueológico e religioso presente naquele local e das famílias que por ali residem a centenas de anos? Esqueci, o que importa para eles é o PIB, pois quem mais crescerá nessa história toda não será o povo, talvez esse povo não terá direito a um decimo do que de fato é seu de direito!
Lembrem-se representantes, diretores, políticos, secretários, presidentes e tantos outros, que o povo merece ser respeitado, o meio ambiente merece ser preservado, bem como tudo aquilo que remete a nossa origem e nossos antepassados. E assim posso dizer que no meio desse semiárido, na caatinga, existe um povo que não aceitará a condição de desvalorização, de desrespeito, e que não tem receio de lutar pelos seus direitos, que são garantidos por lei e que devem ser respeitado por vocês!
É possível desenvolvermos com sustentabilidade, com respeito, com valorização e preservação. Talvez essa alternativa saia um pouco mais cara para os bolsos dos investidores, mas isso é o mínimo que se pode fazer por todo esse povo.
Lembrem-se sempre que o reconhecimento e a valorização da dignidade da pessoa humana é o primórdio da Declaração Universal dos Direitos Humanos (dudh), e que, é inadmissível o descumprimento deste principio. Haja vista a nossa veemente conclusão de que há um conjunto, institucionalizado, de direitos e garantias do ser humano que tem por finalidade básica o respeito a sua dignidade, por meio de sua proteção contra o arbítrio do poder estatal bem como o estabelecimento de condições mínimas de vida e desenvolvimento da personalidade humana, assim também apregoamos o artigo 23, § III e IV e artigo 24 § VII da Constituição Federal de 1988. E para que a lei seja exercida conforme rege o seu conteúdo, a população será instruída bem como grupo de pessoas estará sempre presente com esse povo, mostrado de forma descomplicada e objetiva os seus direitos.

“O ato mais específico da fortaleza, mais do que atacar, é aguentar, isto é, manter-se imóvel em face do perigo”.
(S. Tomás de Aquino)

Antonio Hugo Fernandes Júnior
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