O dinheiro é uma felicidade humana abstrata; por isso aquele que já não é capaz de apreciar a verdadeira felicidade humana, dedica-se completamente a ele.
(Arthur Schopenhauer)
Foto: g1.com |
É comum e frequente as noticias de que
o Piauí nos próximos anos dará um grande passo no seu Produto Interno Bruto -
PIB, crescendo assim o numero de emprego, oportunizando as cidades um
crescimento como nunca se viu.
No entanto, muitos não conhecem a real
realidade presente nesse ‘grande empreendimento’, que vem para sacar todo o
nosso potencial e enviar, a matéria prima, quem sabe para um desses países
influentes, para só depois poder nos vender, de forma superfaturada, os bens
produzidos com esse minério. Fazer o que, se não temos políticos a altura para
investir na industrialização local desse bem, e assim lucrar bem mais em cima
de sua venda!?
Atualmente foi divulgado ‘valores’, do
que se iria investir nessa potencia mineral LOCALIZADA PRIMORDIALMENTE NOS
MUNICIPIOS DE CURRAL NOVO E SIMÕES. Uma numeração não muito conhecida por
muitos que por ali habitam, e que, talvez, não será destinado aos seus bolsos,
um montante aproximadamente a três
bilhões e quatrocentos milhões de reais (isso somente até 2016).
Em meio a milhões de toneladas de
minério de ferro, e sua qualidade “premium” no ramo da mineração, existe um
povo, centenas de famílias, culturas, origens, histórias, uma vegetação, fauna
e flora, e porque não resumir em UM VERDADEIRO ACERVO DE PATRIMÔNIO MATERIAL E
IMATERIAL, histórico, artístico, escravocrata, arqueológico e religioso. Um
povo e uma cultura... Um povo com tantas histórias... Um povo que, na sua maioria,
nasceu, se criou e criou seus filhos e netos por ali, e que agora corem sérios
riscos de simplesmente terem que abandonar tudo, passar uma borracha em todo o seu
passado, em todas as suas conquistas, e procurarem recomeçar em outro contexto,
em outro local, talvez bem logo dali.
Mas porque esse assunto não é pauta nesses
meios de comunicação!? Porque que a reciproca se repete, quando dizem: “o galho
sempre quebra do lado mais fraco”, MAS
QUEM NA VERDADE É O LADO MAIS FRACO!?
Ouso perguntar quantos desses que
sentam numa banca a caráter de reunião, conhecem, pelo menos, a metade da realidade
do povo na comunidade Palestina, Baixio dos Belos, e tantos outros? Dos
vestígios histórico, artístico, cultural, arqueológico e religioso presente
naquele local e das famílias que por ali residem a centenas de anos? Esqueci, o
que importa para eles é o PIB, pois quem mais crescerá nessa história toda não
será o povo, talvez esse povo não terá direito a um decimo do que de fato é seu
de direito!
Lembrem-se representantes, diretores,
políticos, secretários, presidentes e tantos outros, que o povo merece ser
respeitado, o meio ambiente merece ser preservado, bem como tudo aquilo que
remete a nossa origem e nossos antepassados. E assim posso dizer que no meio
desse semiárido, na caatinga, existe um povo que não aceitará a condição de
desvalorização, de desrespeito, e que não tem receio de lutar pelos seus
direitos, que são garantidos por lei e que devem ser respeitado por vocês!
É possível desenvolvermos com
sustentabilidade, com respeito, com valorização e preservação. Talvez essa
alternativa saia um pouco mais cara para os bolsos dos investidores, mas isso é
o mínimo que se pode fazer por todo esse povo.
Lembrem-se sempre que o reconhecimento
e a valorização da dignidade da pessoa humana é o primórdio da Declaração
Universal dos Direitos Humanos (dudh), e que, é inadmissível o descumprimento
deste principio. Haja vista a nossa veemente conclusão de que há um conjunto,
institucionalizado, de direitos e garantias do ser humano que tem por
finalidade básica o respeito a sua dignidade, por meio de sua proteção contra o
arbítrio do poder estatal bem como o estabelecimento de condições mínimas de
vida e desenvolvimento da personalidade humana, assim também apregoamos o
artigo 23, § III e IV e artigo 24 § VII da Constituição Federal de 1988. E para
que a lei seja exercida conforme rege o seu conteúdo, a população será
instruída bem como grupo de pessoas estará sempre presente com esse povo,
mostrado de forma descomplicada e objetiva os seus direitos.
“O ato mais específico da fortaleza, mais do que atacar, é aguentar,
isto é, manter-se imóvel em face do perigo”.
(S. Tomás de Aquino)
(S. Tomás de Aquino)
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